A culpa é sombra que pesa no peito,
É vento gelado, é silêncio desfeito.
Nas noites vazias, o eco ressoa,
Uma voz sem dono, que nunca perdoa.
É um nó na garganta que insiste em ficar,
Um passo errado que volta a ecoar.
Nos olhos cansados, o reflexo é partido,
O tempo congela, o erro é mantido.
Mas a culpa é um rio, corrente sem fim,
Que pede perdão, que deseja um sim.
Se a deixarmos ir, o mar há de vir,
Trazendo alívio, deixando fluir.