“O mar”, por Maria Gonçalves (11.ºB)

Caminho em direção ao mar. Não sei porquê, mas também não arranjei razões para o não fazer. Foi um impulso que me trouxe até onde me encontro.

Neste instante, ao pôr do sol,
Posso dizer que me sinto bem
Ainda não sei porquê,
Mas estou melhor do que ninguém.

Chego e sento-me num banco de mármore frio. Observo o quão as ondas estão agitadas.

Mar, tu que me cá trouxeste,
Que esperas de mim?
E porque é que tão tenebroso
Te encontro hoje assim? Espero desnecessariamente sem obter resposta. Decido aproveitar o momento, decisão que percebo ter logo fracassado.

Não és família,
Não és meu amigo.
Tenho dúvidas em afirmar
Que possas mesmo ser conhecido.

Contudo, penetras no ser que é meu,
Há algo que queres dizer que é teu.

Volto à realidade e reparo que já escureceu. Reflito e levanto-me, como se me fosse despedir.

-Nestas águas espelho-me em ti,
És o reflexo de tudo o que senti.

Mostraste-me o caminho
E foi na tua tempestade
Que eu consegui perceber
A minha realidade.

Agora, sim,
Inspiro o ar da vida,
Que há muito tempo
Estava mais que perdida.

Fernando Belece

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