Eu gosto de ti.
Não… na verdade, eu amo-te.
Amo-te com todo o peso e poder que o amor tem,
Mas tenho de partir.
Amar-te é uma chama
Que aquecia, mas ultimamente queima.
E, pelo pouco que resta da minha alma,
Ir embora é a única opção.
Não te deixo por falta de amor,
Pelo contrário, faço-o com muita dor,
Mas tenho de cuidar do meu próprio Eu
E guardar a pouca dignidade que restou.
Não é fraqueza.
Não é desistir.
O amor, às vezes, é nobre,
Mas eu sei que preciso de partir.
Não é falta de sentimento.
Muito menos que sejas má pessoa,
Mas preciso de ir
Consertar tudo aquilo que quebraste
E fugir
Carrego-te na memória,
Na saudade que só irá crescer,
Mas a minha própria história
Pede-me agora para viver.
Parto com amor e dor.
Parto com o coração a gritar.
Mas tenho de cuidar de mim
E, pela primeira vez, me salvar.