O Espaço voltou à escola …

No dia 14 de novembro, a convite da professora Alina Rodrigues, o investigador Carlos Martins, do Centro de Astrofísica da Universidade do Porto, visitou a nossa escola. A iniciativa fez, mais uma vez, parte do programa “O espaço vai à Escola 2024”, promovido pelo ESERO (European Space Education Resource Office) Portugal em parceria com a Ciência Viva. O objetivo foi realizar, agora para os alunos do 11.º ano de escolaridade, uma palestra intitulada “A Física da Gravidade e dos Satélites”.

As turmas A e B1 do 11.º ano estiveram presentes na palestra, acompanhadas pelas docentes Manuela Pinto e Alina Rodrigues. Durante o evento, os alunos tiveram a oportunidade de aprofundar os seus conhecimentos em tópicos avançados de Física, como a Força Gravítica, os diferentes tipos de satélites e os conceitos de Newton e das teorias de relatividade restrita e geral de Einstein que permitem o funcionamento dos satélites em órbita.

Na palestra, foram apresentados vários tipos de satélites e suas funções, como os satélites de comunicação, meteorológicos, de navegação e de observação da Terra. Os alunos puderam entender que cada tipo de satélite cumpre uma missão específica, como fornecer sinais de GPS, monitorizar as condições meteorológicas ou permitir comunicações de longa distância. O investigador explicou ainda os processos de colocação em órbita e os desafios envolvidos para manter cada satélite na sua trajetória correta.

Para compreender o funcionamento destes satélites, os alunos foram introduzidos ao conceito de força gravítica, que mantém os satélites em órbita ao redor da Terra. Carlos Martins explicou que a força gravítica faz com que os satélites sigam uma trajetória curva, equilibrando a velocidade dos mesmos com a força de atração da Terra. Além disso, os alunos tiveram a oportunidade de aprender sobre a aplicação dos conceitos das teorias de Einstein: a relatividade restrita e a relatividade geral. Na relatividade restrita, os alunos descobriram que os relógios dos satélites, por viajarem a velocidades elevadas, apresentam um pequeno atraso em relação aos da Terra. Já a teoria da relatividade geral explica como a gravidade da Terra afeta a passagem do tempo no espaço, levando a correções nos relógios dos satélites para garantir a precisão dos sistemas de navegação.

O investigador Carlos Martins também partilhou a sua experiência como cientista, oferecendo aos alunos uma visão sobre o que faz um investigador na área da astrofísica. Os alunos puderam ainda obter informações sobre a possibilidade de frequentar cursos de verão destinados a estudantes do ensino secundário, nos quais poderão explorar mais a fundo temas científicos e de exploração espacial.

Esta iniciativa, que tem sido um sucesso entre os alunos, reflete o compromisso do Agrupamento de Escolas à Beira Douro com a qualidade e o sucesso do ensino das ciências, promovendo oportunidades que enriquecem o conhecimento e incentivam a curiosidade científica dos jovens.

Fernando Belece

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