“Corpo de mulher”, por Henrique Reinaitt (12.ºA)

Corpo de mulher, livro com história
Que sofre em silêncio um tormento.
Cicatrizes que contam a sua trajetória,
Liberdade conquistada em cada momento.

Com coragem e sabedoria,
Ergue-se contra a opressão.
Em cada gesto, uma melancolia,
Corpo de mulher, pura emancipação.

Olhos que brilham com determinação,
No caminho com passo firme.
Coração que bate com paixão.
Corpo de mulher, jamais se reprime.

Ser mãe é o seu destino.
Fonte de vida e amor.
Papel este genuíno,
Corpo de mulher sofredor.

Dá-me um corpo de mulher,
Mesmo que o façam invisível.
Deixai-me ser um malmequer,
“Nu” campo de flores, irreconhecível.

Corpo de mulher, cercado de espadas.
Prisioneiro de normas, de olhares severos.
Lágrimas escorridas de angústias paradas,
De tormento aprisionado num sentimento sincero.

Nasceu para voar, sem a prender.
Mas dentro do peito, um grito que não cala.
Nasceu não para dar, mas para ser,
Corpo de mulher que não abala.

Fernando Belece

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